RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O SURGIMENTO DO IMPÉRIO NEOCOMUNISTA

Armindo,

Repasso-lhe para análise.

Victor

Resenha do livro de Toby Westerman, por Atila S. Guimarães: Mentiras, Terror e o Surgimento do Império Neocomunista – Origens e Direção (Bloomington, IN: AutorHouse, 2009, 231pp.)

Os que não caíram na artimanha de que o comunismo morreu, vão encontrar neste livro uma valiosa ferramenta para apoiar sua posição. Os que ingenuamente acreditaram no mito de que João Paulo II e Ronald Reagan derrotaram o comunismo dando prestígio e dinheiro a Lech Walesa, vão encontrar neste livro clara comprovação de que o comunismo nunca morreu, só mudou seu rosto para avançar mais.
Baseado em notável quantidad
e de informações confidenciais retiradas de seus arquivos, como expert em política internacional Toby Westerman oferece aos seus leitores um amplo mapa da atividade comunista contemporânea. Isto é apresentado em estilo atraente, que torna a leitura desse grave tema como se fosse uma novela policial.

A “nova” face do comunismo russo Westerman começa descrevendo como a atuante rede de espionagem comunista era forte – ironicamente, ao mesmo tempo em que Boris Yeltsin pronunciava seu dramático discurso diante do Congresso dos Estados Unidos (17 de junho de 1992), assegurando ao mundo que o comunismo estava morto e que a Rússia havia adotado os princípios sócio-econômicos do Ocidente moderno. O Autor especifica que enquanto Yeltsin nos garantia que “a liberdade não seria enganada”, em torno de 700.000 espiões comunistas trabalhavam no mundo todo para continuar a expansão de suas idéias.

De fato, muitos símbolos antigos do comunismo foram abandonados e muitas instituições foram fechadas. Sem embargo, isto se deu não tanto porque seus líderes haviam mudado de ideologia, mas porque essas instituições estavam obsoletas e o povo já não seguia seus chefes. Se bem que esse fracasso geral deu a aparência de uma mudança nas idéias, o Autor sustenta que, na realidade, isso se passou para convidar os capitalistas para entrarem na Rússia e restaurarem sua economia. Desde então, operou-se um forte aumento dos investimentos ocidentais que ingressaram na falida economia comunista e lhe deram nova vida.
No entanto, oito anos mais tarde, como o desastre econômico começou a ser resolvido, Vladímir Putin ganhou as eleições (março de 2000) e começou novamente a construir e reinstalar as instituições comunistas que haviam sido abandonadas. Ex-agente do KGB, Putin trabalha para restaurar a infame agência. O mesmo pessoal, os mesmos métodos — espionagem, perseguição, assassinatos — continuam sendo aplicados contra aqueles que de alguma maneira ameaçam o regime. De maneira significativa — e Westerman o documenta muito bem — Putin também anseia pelo retorno da URSS.
No fundo, o Ocidente é o facilitador para que o comunismo continue. É o que ainda hoje acontece. O comunismo continua, mas com sua face metamorfoseada. O que há de novo nessa face? Em cada parte do mundo assume características peculiares. Na Rússia, abandonou o estilo comunista stalinista para retornar aos métodos de Lênin.

Lênin em 1922, ano em que iniciou sua Nova Política Econômica
Muitas pessoas hoje em dia esqueceram que depois do golpe bolchevique de 1917 o comunismo fracassou em sua gestão do Estado. Então Lênin introduziu sua Nova Política Econômica (NPE), que permitiu em alguma medida a propriedade privada. A adoção dessa política — apoiada por importante segmento dos meios de comunicação capitalistas — convenceu o Ocidente de que o comunismo havia fracassado e que, portanto, o melhor a fazer seria ajudar Lênin a reparar os danos. Bem sabemos como essa estratégia serviu para sustentar o comunismo. Westerman argumenta que a mesma tática de mudança de face foi usada mais tarde, depois da queda da Cortina de Ferro.
Pontos não negligenciados: a Rússia nunca deixou de apoiar as redes do terror que operam a partir do Irã, Síria, ou Venezuela; nunca deixou de reforçar os vínculos com os déspotas de estilo soviético do Casaquistão, Kirguistão, Uzbequistão, Turquimenistão, Tadjiquistão, Coréia do Norte e Cuba; nunca deixou de pressionar a Ucrânia e a Geórgia para retornarem ao seu âmbito de influência. Isto só para mencionar alguns poucos fatos dentre os citados pelo Autor em seu livro, e que são normalmente silenciados pelos meios de comunicação.

O “novo” comunismo com características chinesas
A viagem de Nixon à China em 1972 possibilitou o boom econômico chinês.
Depois de analisar o “novo” rosto do comunismo na Rússia, Westerman passa a tratar da China. Em primeiro lugar, demonstra que carece de substância o velho mito de que a Rússia e a China são adversárias. Em seguida analisa o novo boom econômico chinês, aberto ao livre mercado, propiciado por Nixon. Na realidade, hoje em dia o mercado na China está controlado pelo governo, e seu êxito se deve à combinação de três fatores:
  1. Uma constante injeção de dinheiro;
  2. A introdução de sofisticadas tecnologias do Ocidente;
  3. Uma enorme força de trabalho escravo interna.
Também demonstra como o Ocidente é ingênuo ao acreditar que a economia de livre mercado necessariamente derrotará o comunismo na China. O Autor demonstra que precisamente o oposto é que é verdadeiro. O Ocidente está proporcionando à China os meios para converter-se em um gigante que já está ameaçando econômica e militarmente os Estados Unidos.
Como responderam os Estados Unidos a esta ameaça? A administração Bush decidiu que para equilibrar o rápido crescimento da China, os Estados Unidos deveriam canalizar assistência econômica para os comunistas do Vietnã e oferecer-lhes prioridades comerciais...
O comunismo avança por meio de eleições na América Latina
O Autor mostra que o novo objetivo do comunismo é implantar governos vermelhos através de eleições democráticas. Este é a nova face do comunismo na América Latina. Analisa em detalhe o caso da Venezuela e mostra como Hugo Chávez promove o comunismo sob o nome de Revolução Bolivariana.

Chávez, Morales e Correa usaram a via eleitoral para chegar ao poder
Também assinala os vínculos entre Chávez e as guerrilhas colombianas Farc, e como Chávez ajudou Rafael Correa a ser eleito presidente do Equador. Além de tratar do caso Chávez, menciona outros presidentes vermelhos que chegaram ao poder através de eleições: Evo Morales na Bolívia, Cristina Kirchner na Argentina, Luis Inácio Lula da Silva no Brasil, Tabaré Vasquez no Uruguai.

Evo Morales e Mahmoud Ahmadinejad

Westerman também chama a atenção para as relações cordiais ou tratados econômicos e militares de Chávez com a Rússia, China, Cuba, Nicarágua, Coréia do Norte, Síria e Irã. Isto é parte do novo império ao qual se refere no título de seu livro.
O autor também se ocupa em destacar
o perigo que Cuba representa para os Estados Unidos e fundamenta suas palavras com interessante informação sobre a atividade de espionagem realizada pela ilha comunista para infiltrar-se nos EUA. Ao concluir sua análise da “Tormenta Vermelha Latino-Americana”, coloca sua atenção sobre a eleição do marxista Daniel Ortega na Nicarágua.


Islã e terrorismo

Um breve capítulo é dedicado a verificar a continuidade histórica da oposição militante islâmica contra o Ocidente e seu milenar ressentimento contra as Cruzadas. Esta rápida descrição pretende preencher o vazio que se fez sobre este tema nos meios de comunicação, livros e ambientes acadêmicos. Também faz uma rápida e indireta vinculação entre o terrorismo atual e o comunismo.

A esquerda norte-americana e a mídia

Todas as diversas frentes do comunismo atual têm um inimigo comum: os Estados Unidos como representante do capitalismo. Elas têm uma forte aliança com a esquerda norte-americana. Se bem que o Partido Comunista tem uma pequena influência na vida política desse país, não se pode dizer o mesmo com relação à influência dos meios de comunicação e da esquerda política. No que concerne à mídia, Westerman reproduz documentação histórica que mostra como ela apoiou Lênin na Rússia, Mao na China e Castro em Cuba. Encontramos sempre a mesma cumplicidade com o mais perigoso inimigo norte-americano, o comunismo. Com respeito à esquerda, uma forte influência política foi dada aos comunistas desde o final do governo de Franklin D. Roosevelt. De fato, vários dos mais influentes membros de seu gabinete eram espiões de Moscou. Desde então, o broto vermelho lançou raízes cada vez mais profundas na política norte-americana.


Mitificação de um assassino transformado em herói pela mídia

Para fomentar o comunismo nos EUA, um importante papel foi desempenhado pelas estrelas de
cinema e produtores de Hollywood que promoveram heróis antiamericanos como Che ou anti-heróis como o casal Rosenberg — condenado à morte por vender segredos atômicos para a URSS.O autor aponta a “reabilitação” do infame casal como grave sintoma da debilidade no senso de autodefesa norte-americano. Tampouco subestima o enorme esforço antibelicista dos ambientes acadêmicos e movimentos pacifistas impulsionados pela mídia esquerdista que tem por objetivo desalentar as tropas que estão sacrificando suas vidas para salvar o país combatendo o terrorismo. A poderosa coalizão de norte-americanos que promovem sentimentos contrários ao seu próprio país não é apenas algo contraditório e vergonhoso, como também é muito perigoso.

A plataforma pacifista norte-americana também é promovida pelos novos líderes comunistas mencionados anteriormente. Um exemplo simbólico: Hugo Chávez recebeu a celebridade antibelicista Cindy Sheeman com todas as honras em seu palácio de governo. Depois posou para as câmeras abraçando Cindy e Elma Rosado, a viúva do líder terrorista de Porto Rico, Ojeda Rios. Ojeda foi morto em 2005 por agentes norte-americanos depois de um milionário assalto bancário e de destruir onze aviões de combate da Guarda Nacional Aérea em Porto Rico. Chávez e as duas mulheres se abraçaram no transcorrer da realização do Foro Mundial Social reunido em Caracas. O terrorismo e o pacifismo se entrelaçaram no abraço de Hugo Chávez, um gesto que fala por si mesmo...

O terrorismo e o pacifismo entrelaçados com a Revolução Bolivariana são 3 tentáculos de uma mesma hidra.

Westerman termina sua obra com um apelo aos norte-americanos para que tomem consciência do que escondem os meios de comunicação. Também os convida a tomar medidas para deter o inimigo central denunciado em seu livro: os cúmplices norte-americanos do comunismo.
Seu livro proporciona um amplo e abrangente panorama,
como também muitos fatos e fontes que vale a pena conhecer, e perspectivas históricas que ajudam a compreender a situação atual.[1]
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NOTAS:
[1] O livro Lies, Terror and the Rise of the Neo-Communist Empire pode ser comprado em International News Analysis.
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* Artigo publicado no site católico norte-americano Tradition in Action sob o título The Rise of the Neo-Communist Empire.
Tradução: André F. Falleiro Garcia.


Armindo Abreu responde:

Caro Victor Leonardo,

A resenha acima é bem interessante. A considerá-la acurada, pois não li a obra original em foco, quer-me parecer que o livro expõe o que sempre tenho dito e escrito: A perene existência, pela via da exploração hegeliana (tese x antítese = síntese), de um embate simulado entre as formas mais extremadas do capitalismo e do comunismo. Uma peleja aparentemente superada no início dos anos noventa do século passado, ante a abertura política e as reformas econômicas de Mikhail Gorbatchov diante do irreversível malogro da economia integralmente fechada e planejada... (Glasnost e Perestróica), com a consequente queda do Muro de Berlim, o anunciado “Fim da História”, por Frances Fukuyama, em nome do Departamento de Estado Norte-americano, proclamando a vitória final, insofismável, do capitalismo democrático e liberal. Enganou-se, redondamente, quem embarcou nessa canoa furada...

Essa espécie de ‘vitória capitalista proclamada’ pelos meios de comunicação, que deu origem a uma ampla “Trégua Consentida” entre os antigos e supostos oponentes, não obstante, ao invés de se consolidar, está visivelmente permitindo que seja recriado, em nossos dias, o antigo e aparente conflito mortal, como vai ficando cada vez mais claro. Isso, ao permitir e estimular que o social-comunismo e seus mais extremados, ou dissimulados, defensores sejam amplamente reabilitados aos olhos desconfiados do povo planetário, endeusados, ricamente ‘indenizados’, agora pela suposta via democrática e eleitoral, com visíveis ganhos políticos das chamadas “esquerdas” sobre antigos conservadores de “direita” e, em especial, sobre militares anti-comunistas revolucionários, defensores da nacionalidade, da integridade física, espiritual e patrimonial de seus povos, tudo isso, como já sabemos, uma construção meramente hegeliana destinada a nos levar à síntese socialista do futuro... E isso porque, é óbvio, encerrado o processo de concentração planetária de toda a riqueza física, será impossível, de todo, pela inexistência de meios, a aplicação prática dos princípios básicos do capitalismo de mercado: a livre-iniciativa e a livre-concorrência.

E aqueles que ainda não conseguiram enxergam manobra tão clara e simples, óbvia, continuam a se comportar como inocentes úteis, a fazer o jogo dos que, tanto pela via da suposta “esquerda” quanto pela da “direita”, não querem debater seriamente a questão, interessados que estão, apenas, em fazer proselitismos em suas esferas de influência. Por isso, continuam aceitando as teses brotadas da intensa manipulação que lhes é imposta, dando-lhes foros de verdade ao aceitar e continuar crendo que o mundo, efetivamente, se divide entre a “direita” e a “esquerda” (céu ou inferno, anjos ou demônios, EEUU ou Rússia), na sua estreita e bitolada concepção. Do lado oposto, os crédulos acham estar combatendo o “bom combate” contra uma direita malévola, conservadora e exploradora dos fracos e oprimidos... E, assim, juntos, de mãos dadas, marcham tranquilamente em direção ao cadafalso...

Ainda não conseguiram, afinal, perceber que o mundo sempre foi governado de forma hegeliana e que o maniqueísmo é apenas o instrumento de condução à síntese, isto é, à “solução final” que brotará desse embate tão primário de idéias.

Esse tipo de pessoa, por exemplo, é incapaz de enxergar que os EEUU têm o povo mais manipulado, desinformado e enganado do mundo, mais ainda do que o nosso, e que suas FFAA, pela via do patriotismo mais exacerbado, são usadas por um “Poder Secreto” que vem dominando sucessivos governos comprometidos com o “esquemão” (de forma opressiva, nunca como expressão da vontade do seu belo povo), através do medo diante do “terrorismo”; do emprego psicológico do nacionalismo exacerbado, quase fascista, em seu embate contra o “eixo do mal” e operando como instrumentos ocultos da “síntese final”, que implantará planetariamente o socialismo materialista do “Estado Global Unificado” surgente, com uma religião também materialista, do tipo babilônico, já introduzida entre nós pela contracultura e pela “NEW AGE”.

E essa “síntese” das correntes em aparente e feroz oposição resultará num mundo muito parecido com a China comunista de hoje, com laivos capitalistas em ambiente de monopólios estatais plenos, numa sociedade oprimida pela escassa liberdade imposta por governo totalitário, com a imprensa amordaçada, sem partidos políticos ou eleições populares...

Esse é o mistério finalmente revelado por trás da ascensão meteórica de Chávez, Morales, Lula, Obama e seus demais seguidores planetários, a preparar o continente e o mundo para o socialismo internacionalista, com a progressiva implantação de um vago “modelo bolivariano”, eufemismo para a formação do estado transnacional laico, pelas mãos do recém-chegado socialismo apóstata, pretensamente democrático, precursor da vindoura ditadura comunista do tipo sino-cubana...

Dessa forma, antigos e perseguido lideres sócio-comunistas internacionalistas, ostensivos ou enrustidos, estão sendo elevados à gloria dos altares outrora ditos ‘democráticos’, iluminados por um suposto “progressismo” de idéias, costumes e reformas do estado, que nada mais representam do que a total ruptura com o “direito natural”, com os valores morais e éticos da civilização criada pelo grupo monoteísta judaico-cristão (sintetizados no “Decálogo” confiado a Moisés por Deus e nos “Sete Pecados Capitais” da teologia Católica), hoje minados pela contracultura, pelos modismos e crenças pagãs da “New Age”, protegidos ou referendados pelo ‘direito positivo’, o das leis sacramentadas nas assembléias republicanas corruptas, venais...

Dessa forma, quer-me parecer, por análise ainda perfunctória, que o livro em pauta, ainda longe de esclarecer toda a trama, apenas revela e realça a antiga tese (e sua respectiva estratégia) contra o comunismo camaleônico, defendida secretamente pelos membros ativistas do Vaticano, em especial até a segunda metade do século XIX: a de que os tentáculos do comunismo, quando arrancados, se recriam e se renovam, mantendo o mesmo poder de sedução e arrebatamento primitivos, constituindo, nessa incrível capacidade de dissimulação e regeneração, o seu maior perigo.

A tese não é nova e seu melhor e mais conhecido exemplo vem consubstanciado num livro escrito pelo pesquisador francês Saluste, publicado na primeira metade do século XX, denominado “Les Origines Secretes Du Bolchevisme”. Apesar da obra mostrar como o comunismo tem sabido se camuflar, infiltrar, retrair, renovar (atenção para os muitos que imaginam tal técnica de infiltração e propaganda, tão antiga, haver sido criada e desenvolvida por Antonio Gramsci, que apenas lhe transmitiu visibilidade) , ao criticá-la com severidade, devo, entretanto, ressaltar enfaticamente seu reprovável sectarismo. Isso, por atribuir os males da criação e propagação do socialismo comunista (a “besta vermelha”, no seu dizer) exclusivamente à organização maçônica (por ele denominado de a “besta negra”) e aos judeus reformistas e neomessiânicos, como o próprio Karl Marx; a seus mentores intelectuais, os rabinos Moisés Hess e Baruch Levy; bem como a Henry Heynes, ao historiador Graetz e a outros intelectuais e revolucionários anarquistas judeus, apontando para um caminho histórico totalmente descolado da realidade, visto serem as principais doutrinas político-econômicas brotadas nos séculos XIX e XX, indiscutivelmente, instrumentos de dominação e síntese do Poder das elites oligárquicas iluminadas internacionalistas, sejam elas à esquerda ou à direita...

E essa tese estreita, totalmente infundada, hoje proscrita pelo amplo conhecimento das verdades históricas contemporâneas, vai muito detalhadamente contada em minha obra “O Poder SECRETO!” , onde desnudo e revelo a ampla coligação de interesses formada: por iluminados materialistas ateus ou agnósticos; por membros devotos das três principais ramificações dos monoteísmos cristãos (protestantes batistas ou de outros matizes; católicos); por judeus reformistas, em especial os da vertente asquenazim, e, finalmente, por muçulmanos (em especial os da Casa Saudita), sem distinções ou predomínios de quaisquer delas nos arranjos de poder terreno de que se beneficiam.

No campo institucional, destaco a organização de poder piramidal distribuído entre as sociedades secretas e semi-secretas; os Bancos Centrais Independentes; uma ampla rede de ONG; as Agências Reguladoras; a rede de Agências de Inteligência e demais organizações financeiras.

Mas, insisto, tudo isso está contado, descrito, analisado e sustentado academicamente, em bom português, em “O Poder SECRETO!” Assim sendo, não é imprescindível a leitura desta e de outras obras estrangeiras citadas para uma perfeita compreensão do assunto, a não ser por amor ao aperfeiçoamento ou deleite pessoais.

Um abraço do

Armindo Abreu.



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

LIVRO BOMBA SOBRE FHC

Armindo,
O que vc acha dessa história?
Abs Stenio


REPASSANDO...
Nunca engoli essa história de Fernando Henrique exilado. Não me passava pela cabeça que um filho de um graduado militar do exército viesse a ser exilado. Exilado para o Chile, onde outra ditadura militar governava? Porque não teve o destino dos outros exilados, tal como: Cuba, União Soviética etc? Isto sempre me cheirou mal. Hoje tenho absoluta convicção que ele sempre esteve a serviço de interesses outros que não os do Brasil. Vou providenciar a compra imediata desse livro, com certeza
É SEMPRE BOM LEMBRAR O QUE FEZ O FHC NA PRESIDÊNCIA!!!
FHC enterrou o sonho de todo brasileiro da minha geração. O "maior estadista do mundo" foi apenas, e tão somente, leiloeiro do Brasil no pós guerra fria, o cara que entregou o controle de nossa economia ao Império Anglo-saxão.
DEVEMOS LER ESTE LIVRO!!!
OBRA DE UMA PESQUISADORA INGLESA
Abaixo, informe do jornal Correio do Brasil sobre um livro recém editado por uma pesquisadora inglesa que abre algumas caixas pretas das ligações entre o alto tucanato e a CIA.
Livro-bomba acusa FHC
de receber milhões de dólares da CIA!!!!!!!!!!!
Mal chegou às livrarias e Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da culturajá se transformou na gazua que os adversários dos tucanos e neoliberais de todos os matizes mais desejavam. Em mensagens distribuída, neste domingo, pela internet, já é possível perceber o ambiente de enfrentamento que precede as eleições deste ano. A obra da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders (editada no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro), ao mesmo tempo em que pergunta, responde: Quem "pagava a conta" era a CIA, a mesma fonte que financiou os US$ 145 mil iniciais para a tentativa de dominação culturale ideológica do Brasil, assim como os milhões de dólares que os procederam, todos entregues pela Fundação Ford a Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do país no período de 1994 a 2002.

O comentário sobre o livro consta na coluna do jornalista Sebastião Nery, na edição deste sábado do diário carioca Tribuna da Imprensa.
"Não dá para resumir em uma coluna de jornal um livro que é um terremoto. São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas: "Consistente e fascinante" (The Washington Post). "Um livro que é uma martelada, e que estabelece em definitivo a verdade sobre as atividades da CIA" (Spectator). "Uma história crucial sobre as energias comprometedoras e sobre a manipulação de toda uma era muito recente" (The Times).
Dinheiro da CIA para FHC
"Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de 145 mil dólares. Nasce o Cebrap". Esta história, assim aparentemente inocente, era a ponta de um iceberg. Está contada na página 154 do livro "Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível", da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). O "inverno do ano de 1969" era fevereiro de 69.

Fundação Ford
Há menos de 60 dias, em 13 de dezembro, a ditadura havia lançado o AI-5 e jogado o País no máximo do terror do golpe de 64, desde o início financiado, comandado e sustentado pelos Estados Unidos. Centenas de novas cassações e suspensões de direitos políticos estavam sendo assinadas. As prisões, lotadas. Até Juscelino e Lacerda tinham sido presos. E Fernando Henrique recebia da poderosa e notória Fundação Ford uma primeira parcela de 145 mil dólares para fundar o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). O total do financiamento nunca foi revelado. Na Universidade de São Paulo, sabia-se e se dizia que o compromisso final dos americanos era de 800 mil a um milhão de dólares.

Agente da CIA
Os americanos não estavam jogando dinheiro pela janela. Fernando Henrique já tinha serviços prestados. Eles sabiam em quem estavam aplicando sua grana. Com o economista chileno Faletto, Fernando Henrique havia acabado de lançar o livro "Dependência e desenvolvimento na América Latina", em que os dois defendiam a tese de que países em desenvolvimento ou mais atrasados poderiam desenvolver-se mantendo-se dependentes de outros países mais ricos. Como os Estados Unidos. Montado na cobertura e no dinheiro dos gringos, Fernando Henrique logo se tornou uma "personalidade internacional" e passou a dar "aulas" e fazer "conferências" em universidades norte-americanas e européias. Era "um homem da Fundação Ford". E o que era a Fundação Ford? Uma agente da CIA, um dos braços da CIA, o serviço secreto dos EUA.

Milhões de dólares
  • "A Fundação Farfield era uma fundação da CIA... As fundações autênticas, como a Ford, a Rockfeller, a Carnegie, eram consideradas o tipo melhor e mais plausível de disfarce para os financiamentos... permitiu que a CIA financiasse um leque aparentemente ilimitado de programas secretos de ação que afetavam grupos de jovens, sindicatos de trabalhadores, universidades, editoras e outras instituições privadas" (pág. 153). 2 - "O uso de fundações filantrópicas era a maneira mais conveniente de transferir grandes somas para projetos da CIA, sem alertar para sua origem. Em meados da década de 50, a intromissão no campo das fundações foi maciça..." (pág. 152). "A CIA e a Fundação Ford, entre outras agências, haviam montado e financiado um aparelho de intelectuais escolhidos por sua postura correta na guerra fria" (pág. 443).
  • "A liberdade cultural não foi barata. A CIA bombeou dezenas de milhões de dólares... Ela funcionava, na verdade, como o ministério da Cultura dos Estados Unidos... com a organização sistemática de uma rede de grupos ou amigos, que trabalhavam de mãos dadas com a CIA, para proporcionar o financiamento de seus programas secretos" (pág. 147).
FHC facinho
  • "Não conseguíamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas. Era impressionante" (pág. 123).
  • "Surgiu uma profusão de sucursais, não apenas na Europa (havia escritorios na Alemanha Ocidental, na Grã-Bretanha, na Suécia, na Dinamarca e na Islândia), mas também noutras regiões: no Japão, na Índia, na Argentina, no Chile, na Austrália, no Líbano, no México, no Peru, no Uruguai, na Colômbia, no Paquistão e no Brasil" (pág. 119).
  • "A ajuda financeira teria de ser complementada por um programa concentrado de guerra cultural, numa das mais ambiciosas operações secretas da guerra fria: conquistar a intelectualidade ocidental para a proposta norte-americana" (pág. 45). Fernando Henrique foi facinho.

Caro Stenio:

A história é Inteiramente plausível e provável. No meu livro, revelo várias facetas internacionalistas de FHC, desde a defesa de sua tese sobre a “Teoria da Dependência”, à denúncia de se haver tornado membro do Diálogo Interamericano, junto com Meirelles e Lula; à presidência honorária do brasileiro CEBRI (No RJ, Rua do Russel, 270/2º Andar - Glória), uma ramificação do CFR. ( Council on Foreign Relations).. Suas ligações com a Fundação FORD também eram um “segredo de polichinelo”... Por tudo isso me refiro a ele, à página 390 do livro, como o “...ainda mal explicado FHC...” Agora, cindo anos depois de publicado o livro, as explicações mais detalhadas começam a aparecer...